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É uma das canções da minha vida: «Parlami d’amore, Mariú», em napolitano, cantada por Vittorio De Sica (1901-1974). Estamos nos anos 30, e De Sica é então ator – e canta maravilhosamente. Canções de amor e comédias italianas sobretudo. Até que uma década depois começa a realizar os seus próprios filmes; em 1948 faz Ladrões de Bicicletas, ícone do chamado «realismo italiano» e Óscar de melhor filme estrangeiro; Duas Mulheres adapta o romance La Ciocciara, de Alberto Moravia, com Sophia Loren e John Paul Belmondo; Ontem, Hoje e Amanhã’ reúne Sophia Loren e Marcello Mastroianni (novo Óscar para melhor filme estrangeiro em 1964), e é com essa mesma dupla que no ano seguinte faz o igualmente divertido Casamento à Italiana e depois O Último Adeus, com argumento de Tonino Guerra; coroa glória, é ele o realizador de O Jardim Onde Vivemos em 1970, que adapta o belíssimo romance O Jardim dos Finzi Contini, de Giorgio Bassani – com um elenco inesquecível: Dominique Sanda, Helmut Berger ou Fabio Testi. Passam hoje 120 anos sobre o nascimento de Vittorio De Sica; é um grande dia.
Da coluna diária do CM.
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