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Os velhos são manhosos.
Demoram-se a apanhar a fruta, sabem
que podem saber chegar ao fim da figueira.
Os velhos arrastam os pés em direcção à saída,
esgotam-se ao sol seguinte.
Cortam-se por vezes no vidro de emergência,
no buraco para o exterior.
Têm visões extraordinárias,
receitas específicas para o barroco do poema
e do mel.
Escrevo para os velhos.
Filipa Leal, Vem à Quinta-Feira (Assírio & Alvim), 2016.
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