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Durante anos, e de cada vez que explodia um autocarro em Israel, de cada vez que um restaurante era varrido à bomba em Jerusalém, de cada vez que um mercado ia pelos ares em Telavive, a “boa consciência europeia” reagia começando pelo fim – culpando as vítimas, por existirem, e elogiando o braço armado do terrorismo, um alfobre de heróis medonhos. O espectáculo foi tão degradante que incluiu as grotescas declarações antissemitas de Ken Livingstone, o ‘mayor’ esquerdista de Londres (sobre o “trabalho inacabado de Hitler”), e da mulher de Tony Blair, que declarava “compreender”, ai dela, os bombistas suicidas que se faziam explodir em escolas ou ruas da única democracia do Médio Oriente. Hoje, essa mesma Europa fica surpreendida com os atentados de Paris ou de Nice, e com a barbárie que vem nas fotografias de Raqqa, a sede do Estado Islâmico. Com o seu desinteresse pelas próprias raízes, e com a sua desistência para os grandes combates e os seus valores, a Europa corre o risco de se transformar no palco do terrorismo desta década. Talvez então consiga, finalmente, compreender Israel.
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