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Claro que tenho dúvidas obre os números diários de Covid19 fornecidos pelas autoridades, como toda a gente. Em primeiro lugar espero que desçam; depois, espero que desapareçam. Mas, entretanto, as mesmas autoridades (que pedem que confiemos) fazem malabarismos com eles e fico surpreendido com o alarme semanal da imprensa aos domingos e segundas: nestes dias, a regra é escrever “há muito tempo que os números não eram tão baixos”. Depois, vem a terça-feira; aí, a regra manda dizer que “há muito tempo o número não era tão alto”. Claro que a ministra da Saúde, com aquela sua entoação tão peculiar, já deixou escapar que “os números baixos dos dias anteriores” eram, afinal, “artificialmente baixos”. Ou seja, antes de haver decisão do Reino Unido sobre o “corredor aéreo” os números baixam; depois disso, quando filas intermináveis de amantíssimos turistas britânicos aguardam horas para serem despachados no aeroporto de Faro, os números voltam a níveis anteriores a 15 de julho e o “estado de calamidade” é prometido para daqui a três semanas. Um país assim merece uma festa Covid.
Da coluna diária do CM.
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