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As coisas estão a ficar ainda mais difíceis. Nós, rapazes, atravessámos a adolescência com um objetivo claro – descobrir onde ficava o Ponto G; o que significava uma pesquisa rodeada de solenidade, malícia, companheirismo e até (não riam) uma certa delicadeza. Detetar a proximidade desse lugar invisível garantia um prémio cheio de promessas, além de benefícios para a nossa, digamos, vida social futura. As feministas mencionavam o oásis descoberto por Ernst Gräfenberg (1881-1957), o pai do Ponto G, como uma “vantagem competitiva” imbatível para as mulheres. Nós compreendíamos: era ali (não interessava onde, não éramos agrimensores) que começava o vulcão. Uma notícia do CM alerta-nos agora para uma investigação recente segundo a qual o Ponto G não existe e que a “área” é mais abrangente. Claro que é, sempre o soubemos. Mas para quê destruir anos e anos de perseverança? O fim de um mito é uma coisa triste.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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