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Última flor do Lácio, inculta e bela.

por FJV, em 12.10.18

Gostamos da nossa língua? Duvido. Gostamos de escrever em bom português? Duvido; somos uns trapalhões. Achamos que as questões de correção linguística são coisas de outros tempos, não consultamos os dicionários, temos horror aos mestres da língua, perdemos nas últimas décadas quantidades assustadoras de palavras, adotámos uma telegrafia miserável e repelente, repetimos até ao limite erros de construção de frases, desinteressamo-nos. O livro Por Amor à Língua, de Manuel Monteiro (Objectiva), inventaria os nossos erros mais comuns e denuncia a enorme capacidade destrutiva do linguajar de hoje – banalizado, pobre, sem gosto nem regras, escrito sem orgulho nem brio sobretudo quando é ‘praticado’ por burocratas e “gente pública”. Além disso, dá exemplos desses erros crassos, pecados veniais, expressões daninhas – e é um elogio aos revisores, essa gente maravilhosa que encontra os nossos deslizes mais fatais. O livro de Manuel Monteiro lê-se e sublinha-se; é uma ajuda preciosa para quem ama esta “última flor do Lácio, inculta e bela” (o verso é de Olavo Bilac e é maravilhoso).

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