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Londres.

por FJV, em 04.02.09

Há dezoito anos que não nevava com tanta violência em Londres e a cidade parou por horas - metro, autocarros, taxis e, naturalmente, aviões com voos cancelados. Os mais irónicos e sarcásticos veriam nisto a confirmacão de que o aquecimento global pode ser uma treta, embora o modelo de alteracão climática suponha acontecimentos destes. Seja como for, todos os meus voos foram cancelados - o que deu tempo para ver uma cidade como ela só é nos filmes: casais passeando na neve crepuscular do Hyde Park (e mesmo à noite, como num cenário de Delvaux), miúdos construindo bonecos de neve em Kensington ou atirando bolas em plena Gloucester Road. Subitamente, o frio siberiano devolveu-nos um pouco da vida. Fechado num aeroporto, recordo o dia em que Londres voltou a ser um bairro do século passado.

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Uma viagem.

por FJV, em 05.01.09

No A Causa Foi Modificada, um relato de viagem de comboio do Algarve para Lisboa com princípio de uma outra para norte de Vila Franca de Xira. Aprendam.

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Nevoeiro.

por FJV, em 28.12.08

 

Cinco graus abaixo de zero, frio, humidade, as montanhas à volta à espera da neve. E as  árvores da minha infância: castanheiros, carvalhos, faias, choupos. E o silêncio no meio do frio. Um dia ou dois bastam para recuperar.

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Noite.

por FJV, em 22.10.08

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De passagem.

por FJV, em 03.09.08

A velha magia de Brasília é apenas uma sombra na memória; tão sombria que os melhores momentos são o entardecer, visto das alturas, e o amanhecer às cinco e meia da manhã. Uma burocracia mal vestida e marcada pelo ferrete da suspeita habita os hotéis e restaurantes, os corredores das passagens subterrâneas e o mau gosto geral da arquitectura e da cidade, onde, a muito custo, se descobre Niemeyer. Contento-me com o amanhecer, que é silencioso.

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GPS.

por FJV, em 02.09.08

 

Por estes dias: em Brasília, onde o céu escurece mais tarde.

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por FJV, em 01.11.07
||| Imperial Vila de Ouro Preto.
















Poemas de Tomás António Gonzaga, as ruas onde passou parte da melhor história de Portugal no Brasil. Havia uma poeira fina, amarelada. Essa não foi a primeira imagem mas foi a mais intensa, aquela que perdurou. A primeira foi a do desenho de um vale escuro, denso, sitiado pelo pico do Itacolomi e pela Serra da Mantiqueira, pelos fios de água do Rio das Velhas e do Piracicaba, mergulhado naquela vaga de calor onde cada pedra fala da história e do passado. É impossível não ceder ao peso da história; casarões erguidos em colinas, em ladeiras e becos, pracetas onde ipês frondosos servem de testemunhas à passagem do tempo. Mas a outra imagem, a imagem decisiva, apareceu depois: uma poeira fina misturada às nuvens de calor que subiam e desciam o vale. Foi mais do que isso que levou D. Pedro a chamar-lhe Imperial Cidade de Ouro Preto, substituindo o nome antigo, Vila Rica – o desígnio da história, o centro difusor do independentismo brasileiro que alimentou a Inconfidência Mineira e a conspiração do Tiradentes, a importância económica da região, a tradição de uma cidade que foi capital do barroco brasileiro. De alguma maneira, tanto Gonzaga como Cláudio Manuel da Costa fizeram o melhor da poesia pós-barroca, só comparável em génio ao atormentado e revolucionário Boca do Inferno, o “genial canalha” Gregório de Matos, o escandaloso poeta baiano do século XVI.
Ouro Preto lembra a história das cidades abandonadas por algum mistério do tempo. Há aqui o perfume da maldição e do castigo por, nesses tempos de glória, a riqueza dos seus habitantes ter levado a cobrir varandas e fachadas com folha de ouro. Isolada do mundo, escondida no vale, Ouro Preto fomentou aquela luxúria da decadência e foi um centro produtor de música, de pintura, de escultura, de literatura – e de contemplação, a mãe de todos os vícios artísticos.
Ao crepúsculo, Ouro Preto recebe os seus fantasmas, um a um. Eis a contemplação como um dos elementos da luxúria; não é por acaso: ao observar o vale desaparecendo sob a escuridão, percebe-se por que razão há cidades brasileiras a viver tanto o passado e os seus mistérios.
[FJV]

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por FJV, em 30.10.07
||| Viajar.
Já vai longe o período em que viajar era um grande momento de felicidade.
[FJV]

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por FJV, em 21.08.07
||| Coisas do Verão





1. A morte de Bergman e de Antonioni. É uma parte do «meu» cinema que desaparece. Uma parte de mim.




2. A livraria Michelena, em Pontevedra. Tomara a província portuguesa ter livrarias assim...



3. O restaurante El Crisol, no O Grove (Galiza). A qualidade gastronómica e a simpatia no atendimento. Parabéns, D. Digna!





4. O bar de copas Vinilo, também no Grove. Para um urbano-depressivo como eu, um oásis no meio das férias. E com fumo, como convém.






5. O Terras Gaudas, que descobri há muitos anos atrás pela mão do Paco Feixó. Continua um vinho branco excelente, a provar que o Albariño pode ser acertadamente misturado com outras castas.





6. Os contos de Hemingway, numa excelente edição (e tradução) espanhola da Lumen. O reencontro com um dos "meus" escritores.

7. Estar no Algarve fechado num hotel como se o Algarve não existisse. A felicidade às vezes anda perto de nós.

[MAV]

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por FJV, em 12.06.07
||| Venezuela.
Uns dias na Venezuela, Caracas. Manifestações, propaganda, controle exagerado nas ruas e intimidação nos aeroportos. Quando voltei, havia muita gente indignada com as declarações de Mário Soares sobre Chávez. Não percebo porquê. Tudo se encaixa, nada surpreende.
Haverá relatos & impressões de viagem por estes dias, mas, para já, o essencial.
[FJV]

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