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«O Supremo Tribunal dos EUA decidiu hoje que os suspeitos de terrorismo detidos na base militar de Guantánamo, em Cuba, têm o direito de recorrer aos tribunais federais para contestar a sua detenção.» (Notícia aqui) Um sinal do que está a mudar, finalmente, e do que deve mudar.
O título deste post é Cabeça a Prémio porque esse é o título do livro que está à minha frente, um livro de Marçal Aquino. Podia ser Televisão. Normalmente uso a televisão como um electrodoméstico vulgar, bom para ver algumas coisas de informação, séries no Cabo, alguns filmes e desporto. Graças ao Euro, passei duas noites a vaguear entre «canais generalistas», portugueses e estrangeiros. Lembro-me sempre, e isto não tem nada de snob, do género «que horror que anda a nossa televisão», da tirada de Paulo Francis quando, chegado ao Brasil, passou um tempo a ver televisão e declarou, no «Manhattan Connection»: «Declaro-me tecnicamente morto.» Estou tecnicamente sem reacção. Vi dois minutos de cada uma das telenovelas da TVI, as portuguesas, e fiquei sem reacção. Vi uns minutos de um suposto espectáculo sobre «talentos» na RTP, e fiquei sem reacção. Vi, por uns minutos, uns rapazes na SIC Radical a imaginarem ter graça sobre já não sei o quê. Uma coisa chamada PortoCanal transmitia um debate sobre futebol, a SIC Notícias anunciava futebol para daí a bocado, e acabei por parar num canal francês onde a reportagem captava uns rostos vagamente familiares, pertencentes a uns corpos que estavam aos saltos em Neuchâtel, a dizer «Portugaaaale, Portugaaaale», e o pivot sorria, com aquele ar, vocês sabem. Cabeça a prémio. Tenho a cabeça a prémio.
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