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Nelson Évora a correr para o salto de ouro.
Foi séria e indignada a reacção dos dirigentes, técnicos e jogadores da A.S. Roma contra Cristiano Ronaldo. Sentiram-se humilhados e ofendidos porque Ronaldo não só lhes marcou um golo fantástico como, além disso, mostrou classe, talento – e se divertiu. Isto, os italianos não acham bem. Que o seu futebol seja chato, maldoso e piroso – que vá. Mas o que eles não suportam, tão sérios e hirsutos quando se empertigam, é que alguém se divirta à sua custa. Ora, precisamente, humilhar “o outro clube” é uma das atribuições do bom futebol. Não basta ganhar-lhe, goleá-lo, ser claramente superior; é essencial deixar um nadinha de humilhação do outro lado. Um director da A.S. Roma diz que Ronaldo fez “truques desnecessários”. Desnecessários? Não me parece. Foram fundamentais. Viram aqueles italianos de olhinhos trocados? Viram-nos irritados e desesperados? Todos vimos. Só isso é um grande espectáculo. Eles trataram Ronaldo como um palhaço. Até pode ser; mas é sublime.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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