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Controle automático.

por FJV, em 18.08.08

O Eduardo Pitta comenta uma peça do Público sobre a capacidade de o fisco detectar ilícitos fiscais através dos sinais exteriores de riqueza. A mim, o que pareceu obtusa foi a pergunta colocada pelo jornal aos dirigentes da administração fiscal; vejam o mimo: «Porque não há, nesse caso, um controlo automático de detecção de sinais exteriores de riqueza?» 

Não sei se se percebe o incentivo, mas, se ele existe, é perigoso demais para ser verdade. Controlo automático?

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Renováveis.

por FJV, em 24.07.08

Eu não me importo de pagar 35 euros por ano para financiar estudos e projectos sobre energias renováveis. Na verdade, devemos preparar-nos para substituir o petróleo e o nosso endividamento às más companhias que o comercializam e produzem, bem como insistir na «questão ambiental». É um dever de todos. Mas não quero duas coisas: nem subsidiar essas energias no seu conjunto e por período indeterminado nem favorecer, fora das regras do mercado, esta ou aquela empresa. Além disso não quero que me façam pagar esses 35 euros de forma sacana, às escondidas. Prefiro que me perguntem: queres pagar 2,91 euros por mês aplicáveis no desenvolvimento de energias renováveis? E eu respondo: sim. Mas às claras. Assim, como está (veja-se o CM de ontem), acho que é uma malandrice.

 

[Da coluna do Correio da Manhã.]

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PJ.

por FJV, em 09.05.08
Os magistrados criticaram a escolha de um não-magistrado para a direcção da PJ. Compreende-se a tentação corporativa, mas deve lembrar-se a lista de magistrados que estiveram à frente da polícia – e os resultados fraquinhos. O problema é que todos acham que a PJ deve fazer o «seu trabalho»; o seu, «deles», não o seu, «dela».
[Da coluna do Correio da Manhã.]

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Espertalhaços, finórios, maganos, malacuecos, macacões, gabirus, sabidos, velhacos, maraus.

por FJV, em 27.12.07
Compreende-se que o Estado queira arrecadar as suas receitas até ao último cêntimo. Mas se os danados (atrevidos, malévolos, valentões, ímpios, desalmados, espertinhos, endiabrados, hábeis) dos contribuintes esperam que ao menos o tabaquinho, esse objecto do demo (Lucifer, zaravelho, Belzebu, Capeta, demónio, diacho, Satanás, trasgo, Asmodeu, anhangá, chavelhudo, mafarrico, tentador) escape à sua vigilância, estão muito enganados. O Estado conhece as manobras de todos os malandros (brejeiros, gaudérios, tratantes, meliantes, velhacos, acautelados, sagazes, astuciosos, maganos, manhosos, espertinhos) e antecipa-se como deve ser.

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