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Portugal instituiu a quota mínima de um terço de mulheres presentes nas listas de candidatos ao Parlamento. Pessoalmente, acho injusto: se se trata de representar a população, quota por quota, o número deveria oscilar pelos 52%. É essa a percentagem de mulheres na população portuguesa. Mesmo assim, o governo socialista só tem duas mulheres nos ministérios, o que o deixa na cauda da Europa. Na Argentina não foi preciso recorrer a quotas. O exército acaba de enviar uma guarnição de nove mulheres para uma base da Antárctida, a 3.500 kms ao sul de Buenos Aires. Sozinhas. É a primeira vez que isso acontece na história militar, tirando a Atlântida, de que não sabemos nada. Portanto, que desculpem os leitores: o meu coração está a 14.000 kms com a operadora de rádio Vilma Cardozo.
Dos 2200 processos de beatificação que ocupam teólogos e outros especialistas do Vaticano, 33 são de portugueses. O cardeal Saraiva Martins explicou ao CM que um desses processos (o da canonização dos beatos de Fátima, Francisco e Jacinta) não correu bem. Parece que o milagre que lhes foi atribuído “não se pode provar que seja um milagre”. Para os mais cépticos tratava-se de um caso de diabetes “curável com o tempo”. Basicamente, pede-se um milagre que seja mesmo milagre para poder avançar mais rapidamente com o processo. Sem querer, o cardeal, que é responsável pelas canonizações no Vaticano, lançou a dúvida fatal e o processo pode voltar ao princípio: à procura de um milagre que seja mesmo um milagre. É disso que andamos todos à procura, mas não necessariamente em Fátima.
[Da coluna do Correio da Manhã.]
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