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Ou de como a catástrofe é uma ameaça antiga.

por FJV, em 07.04.08


ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!


Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,


em que da voz materna ouvi: “Meu filho!”,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!



Olavo Bilac

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Fonética e fonologia.

por FJV, em 10.03.08
Já acabou. Hoje, de manhã, as rádios ainda faziam emissões especiais de Madrid, com a maior parte dos jornalistas contentes com os resultados. Hoje estou compreensivo, e acho natural. Mas  estou contente por outro motivo, puramente linguístico, fonológico e fonético: pelo menos durante uns tempos não ouvirei falar de «Rrrarroy praqui, Rrrarroy prali». E bendigo os argentinos: eles diriam «Rajoi», sempre é mais líquido. E quanto ao número de votos (millones, millones), também estou com os argentinos: eles diriam mijones.

P.S. - De resto, há um fenómeno de vogais abertas na rádio e televisão: Cárdozo, Mákukula; ontem era Ássis e Cámácho.

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