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Mandioca. Aí está, mandioca, exactamente.

por FJV, em 16.09.08

 

Não sou economista e não ponho em causa as relações económicas entre Portugal e o país dessa figura exótica que é Hugo Chávez (a classificação é do nosso Ministro dos Estrangeiros). Mas, como cidadão, gostava de saber quando começa a chegar a mandioca, e estranho — sobre essa matéria — o silêncio da blogosfera lusitana. De resto, já estamos preparados.

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O mito.

por FJV, em 01.09.08

A ler: o artigo de Francisco Seixas da Costa, no Estado de São Paulo, desfazendo o mito do nepotismo brasileiro como herdeiro do «nepotismo de Pêro Vaz de Caminha»:

 

« O pedido de Caminha, que se tornou num bordão referencial da ética pública brasileira, mesmo de quantos se não deram ao trabalho de ler o texto da Carta, passou a representar o exemplo tipificado de nepotismo, não obstante incontáveis contribuições posteriores terem ajudado a recortar, com bem maior sofisticação, essa histórica prática – e não apenas no Brasil, é claro. Para alguns, porém, a frase de Caminha permaneceu como um ferrete que terá marcado, por uma misteriosa eternidade, o DNA brasileiro, transformando-se numa herança ético-administrativa de raiz pecaminosa. Ela reemerge sempre como pernicioso ranço luso, nas horas em que a retórica de alguns oradores já esgotou os clássicos bebidos no “Reader’s Digest”»

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Camões...

por FJV, em 29.07.08

 

O presidente do júri do Prémio Camões disse que o grupo de jurados que distinguiu João Ubaldo Ribeiro “decidiu que centraria a sua discussão em escritores brasileiros”. Salvo erro, isto é sacanagem. Em primeiro lugar, contra João Ubaldo, que não merecia ser escolhido só entre 50% dos candidatos; em segundo lugar, contra o Prémio Camões, que mostra a rotatividade luso-brasileira (com migalhas para África) decidida nos gabinetes políticos. Entre nós, já se sabia que um ano tocava a uns, no ano seguinte a outros. Mas admiti-lo assim, se não é hipócrita, constitui uma idiotice que não devia ser permitida. Um prémio como o Camões deveria ser defendido de oscilações temperamentais e ser poupado a jogadas que não o enobrecem. Ou então que passe a ser escolhido nas chancelarias.

[Da coluna do Correio da Manhã.]

 

Ilustração de Pedro Vieira. O João Ubaldo não tem culpa nenhuma desta trapalhada.

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Sexta-feira, 13. (1)

por FJV, em 13.06.08

 

Em Dublin.

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Pois bem.

por FJV, em 08.06.08

Pois bem. Mesmo considerando que o posto de presidente da Assembleia-Geral da ONU não é muito relevante, tenham em conta que é actualmente ocupado por Miguel d'Escoto Brockmann, o padre católico que se ocupou dos Negócios Estrangeiros da Nicarágua durante o regime sandinista, e que recebeu o Prémio Lenine. Mas uma das vice-presidências está ocupada pela Birmânia. Valha-nos isso.

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Emails.

por FJV, em 28.05.08

Não me assustam necessidades diplomáticas e conveniências de anglicismos mas, depois do Acordo Ortográfico, não acham que não faz sentido alterar os domínios dos emails portugueses para ingleses?

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Convém lembrar.

por FJV, em 13.04.08
Convém lembrar, de resto, caro Pedro, que menos de um mês depois do 27 de Maio em Angola, Luanda recebia a visita de uma delegação do PCP e, uns dias depois, outra do PS -- ambas para manifestar solidariedade com Agostinho Neto. Um juiz angolano calcula em mais de 60 000 mortos os massacres e fuzilamentos que se seguiram ao 27 de Maio, embora ninguém tenha dado por isso na altura, à excepção do então semanário O Jornal (artigo de Ferreira Fernandes) e de Natália Correia no Parlamento (que se referia ao Gulag angolano).
Curioso é que, em vésperas de processo eleitoral, estejamos a assistir em Angola a processos de intimidação nem por isso subtis. No caso de Jerónimo de Sousa, que acha que promoveu uma marcha pela Liberdade em Portugal, Angola é um paraíso...

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...

por FJV, em 21.10.07
||| Cozinha.
Pergunta o Nuno Vargas, com toda a lógica: por que razão os bascos são bem tratados na 46th and 1st e os nossos cozinheiros não? Veja-se esta notícia do Correo Digital/Edição Vizcaya:
«Como ejemplo, lo visto el jueves en la cocina de la sede de la ONU, donde más de uno de estos gurús del buen comer untaba con gusto la mantequilla en un chusco de pan entre el tartar de pichón al curry rojo, la vieira con leche ahumada o el atún con almidón de percebes. Rostros acalorados por la cercanía de los fogones y sonrisas afables, más frecuentes a medida que avanzaba un banquete regado con tres tipos de txakolis vizcaínos y cuatro tintos de La Rioja alavesa. [...] Una traductora relataba la composición de los platos en inglés y más de uno se sorprendía por la presentación. Howard Goldberg, de 'The New York Times', describía los chipirones sobre puré como un cuadro de Paul Klee, aunque no acertaba con la identidad de la salsa. «¿Qué es, patata dulce?», preguntaba a su invitado de al lado, un comensal normal y corriente. «Creo que es calabaza», algo después confirmado por el restaurador Aitor Elizegi. «Fantástico. Buen paladar», dio su visto bueno el crítico, especialista en vinos y con un gran recuerdo del albariño. «Es el mejor vino de España».
Recordo então o que não aconteceu com os portugueses e aconteceu com os vascos: veja-se o post do Carlos Albino, e os reenvios para a notícia do Expresso e para o que estava anunciado e não aconteceu. Aí está, Nuno, «a razão porque os bascos são bem tratados na 46th and 1st e os nossos cozinheiros não».
[FJV]

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