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Abrir os braços.

por FJV, em 22.08.08

Jacques Rogge, presidente do Comité Olímpico Internacional, acha que Usain Bolt «deve mostrar respeito pelo esforço dos seus rivais, de acordo com os ideias do espírito olímpico». Haveria muito a dizer sobre o «espírito olímpico» e os jeitos que Rogge fez à China metendo o «espírito olímpico» por baixo do tapete. O jamaicano exorbitou, fez caretas para os segundo e terceiro, que foram desclassificados? Baixou a cabeça, amuado, e escondeu-se do público? Não. O que a notícia transcreve é o gesto de Usain Bolt: «Abriu os braços em direcção ao público, gesto considerado como sendo de gozo para com os adversários». Ora, esse é um gesto de grande respeito pelo público e pela modalidade. O que ele devia fazer era dirigir um manguito a Rogge e não admitir que ele citasse as proezas de Jesse Owens em Berlim precisamente na China. Mas enfim. Ele é só um jamaicano que não sabe preencher os boletins, não é?

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Se calhar. Quem sabe?

por FJV, em 21.08.08

O alemão Tobias Unger acha que o jamaicano Usain Bolt está carregadinho de doping: «Na sua ilha fazem o que querem e não lhes acontece nada...»

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Depois queixam-se.

por FJV, em 09.05.08
As autoridades angolanas criticaram Bob Geldof e o banco BES por tê-lo convidado a vir a Portugal. Acho bem. Esta gente tem a mania de que tudo se pode dizer e de que vivemos num mundo livre. Não têm respeito por nada – nem pelos bancos, nem pelos governos, nem pelos negócios, nem pelas conveniências. Depois queixam-se.
[Da coluna do Correio da Manhã.]

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O longo braço do poder.

por FJV, em 25.12.07
Tem toda a razão LR no Blasfémias, quando diz que o episódio do BCP confirma a impotência do capitalismo português e a sua tendência para se «refugiar na asa protectora e interesseira do Estado». Só que LR acha que isso dói. Ora, não dói coisa nenhuma. Sendo verdade que, diante da ameaça do «escândalo público», o suposto capitalismo português «verga a cerviz, atento, venerando e obrigado», há a considerar que não há nenhum capitalismo português dessa dimensão; há é uma série de gestores e de homens ricos (e que da sua fortuna fazem único emblema de poder) que negoceiam e aproveitam o que podem com o Estado, pai de todas as oportunidades e mãe de todos os vícios. Para se fazerem esses negócios, juizinho. Quem é que o capitalismo português foi buscar para salvar-se, quem foi? Mas é o destino.

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A felicidade do sistema político português.

por FJV, em 23.12.07


Não tenho encontrado muitas referências ao facto na blogosfera e, portanto, não deve ser importante. Mas creio ter ouvido Luís Filipe Meneses dizer qualquer coisa sobre a rotatividade na presidência das instituições financeiras, a propósito da ida de Carlos Santos Ferreira da CGD para o Millenium/BCP. A lógica era esta, salvo erro: se Carlos Santos Ferreira, um socialista, vai para a presidência do maior banco privado, chegou a hora de nomear um gestor «próximo do PSD» para a presidência da Caixa (o nome proposto era Miguel Cadilhe): «Está na altura de o Governo nomear para presidente da CGD uma personalidade próxima da área do maior partido da oposição».
Ora aqui está um interessante princípio que em muito contribuirá para a felicidade do sistema político português, e do bloco central em particular. É claro que a ninguém escapa a utilidade de Santos Ferreira no BCP (muito menos aos seus accionistas). Mas, sendo assim, muitas coisas se explicam. Uma delas é a risota que vai por aí fora.

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É uma perspectiva a ter em conta.

por FJV, em 20.12.07
Nos comentários a este post  (em que se abordam os hábitos de leitura dos estudantes da Universidade de Coimbra, segundo um estudo de Rui Bebiano e Elíseo Estanque), um leitor deixou esta frase deliciosa:
«Gostaria também de lembrar que um livro é também um grande desastre ecológico...»
Ora aí está. Não tem nada a ver com hábitos de leitura. É a ecologia, estúpido.

Já agora, o Miguel Pires (que mantém a excelente crónica de gastronomia e restaurantes no Oje) defrontou-se com outra evidência ecológica: um restaurante que se recusa a imprimir a sua carta de vinhos porque «isso seria pouco ecológico».

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