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Stanley Ho, personagem.

por FJV, em 27.05.20

Stanley Ho (1921-2020) é uma extraordinária personagem para Hollywood. Sempre oscilando entre os dois lados do fio da navalha, transformou Macau (desde 1961) na capital do jogo, de que teve o monopólio durante duas décadas – imaginem os filmes que não se fariam. De Hong Kong a Macau, de Macau para várias capitais onde se vive no meio do risco, de ameaças e de jogadas quase perfeitas, a vida de Stanley Ho está cheia de segredos e penumbras – mas também de uma aura que tanto desce ao submundo como se eleva à capacidade de sonhar. Nunca joguei em nenhum casino mas tenho um grande fascínio pelo velho Casino Lisboa, de Macau – pelas suas madeiras, salões, tectos, portas e escadarias. Entrei lá pela primeira vez para almoçar com um grande amigo, depois de atravessar as Portas do Cerco, vindo da China: foi como entrar num filme dos anos 50 em que Stanley Ho seria uma sombra permanente, um Citizen Kane rodeado de negócios, mulheres, acordos políticos delirantes e inesperados – e um estranho desprezo pelas luzes da ribalta. E um amor supersticioso e permanente a Lisboa e a Portugal. 

Da coluna diária do CM.

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