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Rentes.

por FJV, em 16.04.18

No sábado passado, o auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, encheu-se para ouvir José Rentes de Carvalho – 88 anos de vida, 50 anos de livros publicados (Montedor saiu em 1988 – já agora, Ernestina, um dos seus grandes romances, foi publicado há 20 anos), uma vida distribuída pela Holanda, onde viveu a maior parte do tempo, e pela paixão por Portugal, a que dedicou a sua obra. Romance, ensaio, contos, crónica, diário: J. Rentes de Carvalho transformou as suas personagens em seres reais e perigosos, passou para nós as suas obsessões, devolveu-nos os nossos medos, retratou-nos nos seus livros. Durante anos, essa obra de que fazem parte romances como La Coca, Ernestina, A Sétima Onda, O Rebate, ensaios escritos no fio da navalha como Portugal, a Flor e a Foice, o divertido Com os Holandeses ou o atualíssimo A Ira de Deus Sobre a Europa, foi desprezada e ignorada na nossa terra. Rentes, um dos nossos maiores escritores, não é do nosso mundo nem comunga das nossas vaidades. Mas sabe ler-nos tão bem e tão profundamente, escrevendo sobre a nossa maldição.

[Da coluna no CM]

 

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