Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Hoje, o Parlamento vota a contagem de serviço dos professores. Mas o que me preocupa, daqui em diante, não é bem o torniquete sindical nem a guerra entre partidos para ver quem deu mais piruetas e mentiu mais. É o tema dos professores, propriamente ditos, uma classe que merecia melhor. Merecia não ter sido invadida por maus exemplos (desinteresse e preguiça, como em todas as profissões). Merecia mais respeito. Merecia mais atenção. E merecia ser mais ouvida e não submetida pelo linguajar absurdo dos técnicos do ministério. Os partidos e os políticos transformaram-na aos olhos da opinião pública em classe detestada, o que é indigno e injusto. Há professores a serem agredidos com a complacência do ministério; as escolas transformaram-se em armazém de adolescentes e os professores em “cuidadores” e em burocratas forçados. Resta-lhes pouco tempo para serem professores; são psicólogos, terapeutas, animadores, pais de substituição, gestores. Apesar do ministério, eles salvaram as escolas. Sempre desprezados. Pacientes e pouco escutados. O que se está a passar é vergonhoso.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.