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Não custa a admitir, como princípio, uma quota de visitantes a determinar por cidades ou países que acham que a avalancha de turistas põe em perigo o seu bem estar, o seu património ou até – no caso de o argumento ser do Bloco de Esquerda – a economia. No fundo, Veneza e outras cidades-estado adoptaram esse princípio ao longo da história. A questão está em como se procede para limitar o acesso a Dubrovnik, por exemplo, ou a Pequim, ou a Idanha-a-Nova (não falo de Barcelona antes do referendo) – os “mais ricos” que fazem reserva nos melhores hotéis e se recusam a alugar apartamentos de curta duração?; os “mais cultos”, que querem visitar os monumentos, as bibliotecas e os museus das cidades?; os que passarem num exame de etiqueta, e se verificar que nunca mijariam da varanda de um hotel de Ibiza?; os “poliglotas”, que falam a língua local?; os “gastrónomos”, que prometem tomar pelo menos uma refeição diária de faca e garfo? Os que se inscreverem primeiro na lista de vagas disponibilizada pelas autoridades ou (horror!) pelo mercado de quartos? Eis uma grande arena para discussão.
[Da coluna do CM]
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