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Confesso que alguns deles (Don Mclean, Donovan, Peter Paul & Mary...) eram para lá de aborrecidos, para não dizer insuportáveis, mas Pete Seeger não tinha culpa de ter deixado raízes em todo lado: a sua vantagem era ser o original, o homem que desde a década de quarenta não podia ser esquecido quando se falava do “folk americano” e do “ativismo cívico”. Pete Seeger (1919-2014), que cantava com desleixo (não era isso que interessava, nem a Alan Lomax ou Woody Guthrie) mas com empenho, serviu-se da música para – nos anos sessenta – a transformar, sobretudo, em intervenção política. ‘Where Have All the Flowers Gone’ e ‘Turn, turn, turn’ (os Byrds têm uma excelente versão) são boas canções, e ‘If I Had a Hammer’ tornou-se uma das bandeiras do seu repertório, imenso, comprometido e inspirador. Sem ele, a música popular teria sido diferente e mais desatenta. Aos 94 anos, imagino que morreu a trautear.
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