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O eurodeputado Francisco Assis pediu à vice-presidente da União Europeia para os Negócios Estrangeiros que obtivesse informações sobre o dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome e risco de vida, o que foi visto como uma excentricidade de Assis – mas não é. Dois factos: Fariñas foi distinguido em há seis anos com o Prémio Sakharov do Parlamento Europeu; depois do festival de reabertura de relações com os EUA, o regime cubano endureceu a perseguição a opositores (em 2015 houve 8.600 prisões por motivos políticos; até agora, em 2016, já se contam mais de 6.700), o que dá bem a ideia de como a Cuba dos Castro aproveitou a boleia de Obama. Terceiro facto, em suplemento: em dezembro do ano passado, a Assembleia da República recusou-se a receber Fariñas, então de visita a Portugal, quem sabe se depois de pressões da embaixada cubana. Não se viu nenhum intelectual ou “ativista” profissional protestar contra esta indignidade. Pelo contrário: os mesmos que condenaram o grande Guillermo Cabrera Infante ao ostracismo durante anos, festejam os Castro, e ignoram vergonhosamente Fariñas.
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