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Pedro Correia Garção (1724-1772).

por FJV, em 10.11.22

Seríamos mais felizes se conhecêssemos a poesia portuguesa clássica, como a de Nicolau Tolentino (1740-1811, que tinha uma verve notável e divertida – lembram-se daquele poema do colchão a sair de dentro de um toucado?), ou de Pedro Correia Garção (1724-1772) dramaturgo e poeta sobre cuja morte passam hoje 250 anos. Eram autores magníficos, divertidos, garridos, insolentes, melancólicos e bons de escrita, como costumava acontecer aos nossos escritores antes do romantismo. Correia Garção, de quem ainda sei de cor (nos liceus tínhamos esse vício maravilhoso) aquele soneto “O Louro Chá no Bule Fumegando”, foi um poeta publicado postumamente, depois de passar pelas agonias do cárcere e por uma misteriosa perseguição do marquês de Pombal. Hoje, a escola não providencia conhecimento de textos clássicos porque o seu ministério fervilha de políticos ignorantes e contumazes. Sou do tempo em que líamos, ríamos e até nos comovíamos com Correia Garção. “Brilhante açúcar em torrões cortado;/ O leite na caneca branquejando./ Vermelhas brasas, alvo pão tostado;/ Ruiva manteiga em prato bem lavado…”

Da coluna diária do CM.

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