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O museu Berardo.

por FJV, em 02.01.23

A partir de agora, o Museu Berardo leva o nome de Museu de Arte Contemporânea/CCB, embora a coleção exposta do MAC/CCB continue a ser a Berardo – e os tribunais decidirão se a extinção da Fundação Berardo está ou não conforme. Mas uma coisa é certa: trata-se de uma mudança importante e justificada, que constitui uma reparação do dislate que atribuiu plenos poderes à Fundação Berardo e ao homem que tinha por costume tratar as ministras da Cultura por ‘babes’. Era cómico. Em troca, as ‘babes’ alinhavam na ideia: Berardo era uma figura intocável da cultura portuguesa e qualquer tentativa de a pôr na ordem constituía “um ataque à cultura”, mesmo quando se mostrava a evidência número um: que a coleção tinha sido dada como garantia de empréstimos bancários que não tinham nada a ver com “a cultura”. Quando o Estado anunciou a intenção de proceder a uma avaliação da coleção (cujo futuro já era periclitante), tratava-se de “um ataque à cultura”. Durante anos, o Estado financiou, com milhões, a construção da imagem e da marca Berardo. É a altura de fazer contas.

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