Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quando era miúdo, apanhámos pela frente a campanha anti-tuberculose. Fomos vacinados e não podíamos matricular-nos na escola sem levar o carimbo do SLAT (Serviço de Luta Antituberculosa), o que levou a que a doença esteja hoje praticamente erradicada. Outras vacinas eram obrigatórias – para benefício creio que de todos. Fazer depender de um vago conceito de liberdade individual a opção sobre tomar ou não tomar vacinas contra a Covid-19, ser ou não ser vacinado contra o sarampo, parece-me um absurdo aceitável para os dias de hoje, em que a terra é plana, o 5G não passa de uma artimanha para tornar estéril a população masculina ou há uma conspiração sionista para tomar conta do universo. Sobre os “negacionistas” portugueses, não sei se acreditam que a terra é plana – são esganiçados demais para dizerem alguma coisa com sentido. Mas ao ver pela televisão os belgas, holandeses e austríacos, tenho sentimentos controversos; o apelo em defesa da liberdade contra as vacinas ou as medidas de proteção e cautela, representam uma espécie de infantilização tardia do nosso pequeno mundo.
Da coluna diária do CM.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.