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A carioca de origem galega Nélida Piñon (1937-2022) morreu no sábado em Lisboa. A sua origem galega está transcrita no romance A República dos Sonhos (1984), o seu livro mais conhecido – mas a sua ligação a Portugal estava impressa no corpo, em Lisboa, cidade que amou, e no país que amou (veja-se o seu original Um Dia Chegarei a Sagres, 2020) e de que podia ser uma voz. O que havia a dizer sobre Nélida, que era uma mulher poderosa, belíssima, inteligente e bem humorada, foi dita pela sua editora Guilhermina Gomes: “Com humildade, disse-se brasileirinha, mas levou-nos numa viagem homérica, contando-nos os seus pensamentos sobre a leitura, a sua paixão pela escrita, a sua relação vital com a literatura, a sua visão não apenas da mulher brasileira, mas de todas as mulheres desde tempos remotos, e sobretudo a importância que assume a memória.” Nélida Piñon (primeira mulher a presidir à histórica Academia Brasileira de Letras) era uma pessoa livre e uma escritora que tentou sempre ultrapassar géneros, ortodoxias e modelos. Foi um enorme privilégio ter ouvido o seu riso amoroso.
Da coluna diária do CM.
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