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As eleições polacas, ao contrário das portuguesas, resultaram numa maioria absoluta – o vencedor é um partido que leva o bárbaro nome de Lei e Justiça, chefiado por Beata Szydło; em segundo lugar, ficou o Plataforma Cívica, da ex-primeira-ministra Ewa Kopacz; finalmente, já fora do parlamento, ficou a coligação de esquerda, liderada por Barbara Nowacka. Três mulheres. É isto bom? Para os grupos feministas, não: elas são, à exceção da terceira, apenas “instrumentos no jogo político”. Vem nos jornais. Expliquemos então esta encruzilhada: há mulheres e mulheres; Jóhanna Sigurðardóttir, ex-PM islandesa, é mulher; Margaret Thatcher, nunca. Dilma Rousseff é mulher, Angela Merkel, não. Hillary Clinton é mulher (não muito), mas Carly Fiorina, a rival republicana, não. Helle Thorning-Schmidt, que foi PM dinamarquesa, é mulher; Marine Le Pen, não. Catarina Martins é mulher; a polaca Beata Szydlo, como toda a gente sabe, até faz xixi de pé.
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