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Malvadas, boazinhas, pérfidas, generosas, sacanas ou inteligentes e fiáveis

por FJV, em 03.06.19

Um pouco de bom senso no cinema, e logo com o novo 007, que continuará a ser interpretado por Daniel Craig (o melhor de todos). Phoebe Waller-Bridge, a responsável pelo guião, deu uma lição de humanidade e inteligência quando lhe foi sugerido que pusesse uns “pós feministas” na figura de James Bond, para temperar desvios de comportamento ou a forma como ele “trata as mulheres”. Phoebe limitou-se a dizer o óbvio: Bond é Bond, mas as mulheres também são (felizmente) novas e diferentes daquilo que aparecia nos ecrãs nos anos 70 ou 80. Ou seja: ele dirá o que esperamos de James Bond, inglês à maneira antiga, celibatário e, vá lá, com a mania de que nenhuma mulher “lhe escapa”; mas as mulheres (as atrizes Lashana Lynch, Léa Seydoux, olha quem, e a magnífica Ana de Armas) responderão à letra, como pessoas reais deste tempo. No fundo, Phoebe Waller-Bridge pôs as coisas no seu sítio: as mulheres devem agir como mulheres e “educarão” – ou não – James Bond. São malvadas, boazinhas, pérfidas, generosas, sacanas ou inteligentes e fiáveis? Como têm de ser, como têm de ser. Homens e mulheres.

Da coluna diária do CM.

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