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Ao meio dia de ontem foi anunciado o Prémio Pessoa. Às duas e meia da tarde, João Luís Barreto Guimarães estava a entrar no bloco operatório do Hospital de Gaia porque ia começar a trabalhar. Não há melhor forma de falar da poesia de JLBG, o mais recente Prémio Pessoa: de um lado, a poesia; do outro, a medicina. Como se dissesse: de um lado, a melancolia; do outro, a ironia – como os grandes poetas da tradição europeia, de Cesário Verde a Philip Larkin, por exemplo, sem ficar preso às fronteiras de uma lírica contaminada apenas de si mesma e do seu confessionalismo. Poucas coisas me dão tanta alegria como festejar um amigo; ainda por cima, um amigo que tenho o prazer de publicar, como seu editor na Quetzal. João Luís Barreto Guimarães é um autor notável, meticuloso e tolerante, apaixonado e crítico (leiam os seus poemas sobre o Sr. Lopes, cheios de humor). Mas não só: também tenta aproximar mundos aparentemente distantes, o que o leva, por exemplo, a dar aulas de Poesia a alunos do curso de Medicina, no Porto. Quando lemos os seus versos ficamos prisioneiros do seu talento extraordinário.
Da coluna diária do CM.
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