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Na primeira semana, o livro entrou imediatamente para a lista dos mais vendidos do principal top americano (o da Publishers Weekly): Selfish não é bem um livro mas uma coleção de selfies de Kim Kardashian. A cultura pop e alguns críticos promovem-no de uma maneira atroz. Há já quem o considere uma espécie de J.D. Salinger da cultura fotográfica contemporânea, ou um Duchamp destes dias, ou um prego na urna da “fotografia artística”. As selfies de Kim Kardashian criam problemas a qualquer “pessoa normal” (eu, por exemplo: gosto de rabos, bundas, glúteos), mas não me passa pela cabeça transformá-la num ícone da “arte contemporânea”, da qual sou descrente assumido. Uma pessoa pode dedicar-se à vida de Kardashian por razões, digamos, libidinais; mas há de reconhecer que a arte decorativa já teve melhores dias.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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