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Passam hoje 20 anos sobre a morte de Heinz Konsalik (1921-1999) um autor alemão que teve um sucesso extraordinário em Portugal e no Brasil nos anos 70 e 80 – à custa da nossa língua vendeu milhões de livros (o que não aconteceu em inglês), divididos por cerca de 70 romances só em Portugal. Hoje, quase ninguém se lembra de Konsalik, o que é capaz de se justificar – os seus livros eram histórias avassaladoras de amor, guerra (combateu na frente russa na II Guerra) e casos de medicina: Amar à Sombra das Palmeiras, Amor Cossaco, Amor em São Petersburgo, Férias nas Termas, Luar sobre as Estepes, O Médico de Estalinegrado, Duas Horas para se Amarem ou A Herdeira são alguns dos seus títulos (quase todos publicados pelo Círculo de Leitores). Soldados, médicos, mulheres solitárias, casais que esquecem o infortúnio e recomeçam a vida – a gramática de Konsalik era repetitiva mas honesta; não vinha enganar ninguém. Nomes como o seu (e os de Max du Veuzit, Pitigrilli ou Vázquez-Figueroa, por exemplo) criaram leitores que hoje desapareceram em frente dos ecrãs da televisão.
Da coluna diária do CM.
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