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Uma boa parte – creio que significativa – do país não concorda com o a realização do congresso do PCP em Loures no próximo fim de semana. Não por preconceito anticomunista – mas porque está “confinada” em suas casas, porque tem os seus movimentos tolhidos pelas medidas de proteção contra o vírus e porque estão proibidos os ajuntamentos. Não porque pretenda que o PCP abdique dos seus direitos políticos. Portanto, o PCP devia poder, em boa consciência, passar o seu congresso a um encontro online – ou adiá-lo. Não o faz, e tem todo o direito de mostrar que o governo é obedecido por toda a gente menos pelo PCP. Será julgado por isso pelos eleitores. Outra coisa é pretender alterar as lei para que o PCP seja obrigado a não fazer o congresso, como quer a parte incumbente do PSD e algumas franjas desmioladas da direita. Seria perigoso e fatal para a democracia. Tão perigoso como o presidente da Câmara de Lisboa querer ilegalizar o Chega. Ambos são golpes publicitários, o do PCP (para provar o que ainda vale um partido estalinista pré-1968), e o de Fernando Medina (para provar que está errado).
Da coluna diária do CM.
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