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A atribuição do Prémio Pessoa a Frederico Lourenço deixa-me feliz — não apenas por ser o autor da tradução da Bíblia que a Quetzal publica, mas porque é o reconhecimento do seu notável trabalho ao longo dos últimos vinte anos. E porque, através deste prémio (que me escuso a comentar mais, por pudor) ficam também homenageados os estudos clássicos, os resistentes que continuam a ensinar e a traduzir (e a estudar) grego e latim.
Este prémio, além de distinguir o trabalho do Frederico, deve servir para alertar para a penúria em que se encontram os estudos clássicos: história, língua, cultura, cosmogonias – não para que os alunos se transformem em eruditos e tradutores de Horácio ou Tucídides, mas para que pelo menos a escola não perca a memória do nosso mundo nem da herança que o conhecimento humanístico transporta como uma luz de beleza, de experiência e de consolação diante do vazio de hoje.
Em 1995, havia 13 mil estudantes a estudar Latim; o número passou para para 114 (em 2014).
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