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Passam hoje 100 anos sobre o nascimento do francês Frédéric Dard (1021-2000). Há duas décadas, o nome de Dard ainda seria conhecido dos leitores da coleção Vampiro – mas hoje os seus leitores serão uma espécie de raridade. Mas o mais importante da sua carreira literária é assinado por um pseudónimo (usou cerca de 15), San Antonio. Os livros com o comissário San Antonio (incluindo os que têm o seu adjunto Bérurier como protagonista) totalizam 175 títulos, publicados entre 1949 a 2001, e são uma espécie de excesso na linha de Peter Cheyney ou Mickey Spillane: detetives duros, sordidez, violência, humor, obsessão sexual (existem pelo menos 90 posições sexuais atribuídas ao comissário), vulgaridade, submundo e enredos delirantes. Nos anos 60, os livros de San Antonio atingiam os 200 mil exemplares vendidos, mas em 1981 chegaram aos 600 mil – e a criatura acabou por devorar o criador. Frédéric Dard publicou outros livros (romance, ensaio, teatro), além dos policiais interpretados e narrados por este comissário burlesco, mas não tiveram, nem de longe, sucesso aproximado.
Da coluna diária do CM.
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