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Uma das coisas que mais me diverte, ao ler os jornais, são as “descobertas” que as várias ciências decretam para a nossa vida. Com tudo isso, ainda não sei se o café está interdito a pessoas com problemas cardíacos ou se o colesterol aumenta de cada vez que como um ovo. Mas é no domínio das “ciências do comportamento” que a especulação me diverte realmente. Por exemplo: em setembro, teremos artigos sobre o stresse pré-escolar, tal como em Maio tivemos manifestos sobre os malefícios dos exames. Uma das “descobertas” mais recentes tem a ver com o planeamento das férias das crianças. Durante décadas fomos industriados a fazer planos rigorosos para a “ocupação de tempos livres”, o que sempre me pareceu absurdo – porque o tempo livre não me parece que sirva para ser ocupado, mas para ser livre. A nova tendência, segundo percebi, é a de deixar que as crianças “se aborreçam” um pouco durante as férias a fim de usarem a sua criatividade e não estarem sempre sujeitas a programas que cansam toda a gente. Era o que se fazia quando as férias eram férias e os profissionais da pedagogia não tinham via livre.
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