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Tirando a versão expressionista do “feminismo radical” e do “anti-racismo” identitário da deputada Joacine Moreira, é mais do que positiva a sua eleição, juntamente com Romualda Fernandes ou Beatriz Gomes Dias – as três de origem guineense. Portugal tem falta de cor nas televisões, no parlamento, nos partidos e em outros lugares de visibilidade pública. No parlamento estiveram pessoas de origens não-europeias (goesas, moçambicanas, timorenses ou angolanas), mas a verdade é que nos faz falta essa presença e representação, que eu gostava que fosse maior – não como voz enclausurada de minorias, mas como lugares plenos que também servissem de estímulo e motivação a outros. Devíamos ter mais visibilidade para pessoas de origem chinesa ou timorense, caboverdiana ou russa, angolana ou indiana, brasileira ou ucraniana. Sei que vou ser acusado à esquerda de neocolonialista ou à direita de traidor, mas Portugal deve incorporar culturas de quem nos procura ou de quem encontrou aqui a sua casa – além de melhorar a nossa lei da nacionalidade. Para já, espero que sejam exemplo para mais.
Da coluna diária do CM.
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