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Entre o “afeto” e o “excesso de proximidade”.

por FJV, em 19.06.18

O miúdo cumprimentou o Presidente francês; chamou ‘Manu’ a Emmanuel Macron: “Tudo bem, Manu?” O Presidente lembrou: “Deves chamar-me senhor presidente ou senhor, está bem?” Esta lição de simplicidade e autoridade não comoveu muita gente, que acha que Macron foi (como é que se diz agora?) “arrogante”. Não foi tal. Foi o Presidente francês. E um Presidente representa-nos, mesmo que não acreditemos em nenhuma virtude da República e das suas hierarquias. Às vezes fico incomodado ao ver a forma como os jogadores de futebol, por exemplo, não são informados pelo seu clube sobre a forma como, na tribuna, devem cumprimentar o Presidente da República quando recebem uma taça e festejam um título – um “passou bem” respeitoso e um gesto com a cabeça não custam nada. Na relação entre as pessoas a informalidade não é tudo – é um quase nada que pode ser disparatado, mesmo quando se multiplicam as ‘selfies’ ao lado do nosso Presidente, frequentemente confundido com “o Marcelo”. Na verdade, não são a mesma pessoa – e nenhum “afeto” pode ser confundido com um “excesso de proximidade”.

[Da coluna no CM] 

 



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