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Os nacionalismos são geralmente imbecis – em Espanha têm a agravante de serem estapafúrdios. Veja-se Sabadell, na Catalunha: o município (uma coligação de independentistas de esquerda e Podemos) pediu um documento para mudar a toponímia local; vem daí a ideia de retirar o nome de António Machado a uma praça da cidade – por, apesar de grande poeta universal, lá no fundo ser “espanholista e anticatalanista”. À distância, o município abusou da bebida ou fumou erva estragada. O documento, muito xenófobo, exige ainda expurgar das suas ruas nomes como Goya, Calderón de la Barca, Quevedo, Góngora, Adolfo Bécquer ou Lope de Vega, acusados de terem perfil franquista – ou serem parte de um “modelo pseudocultural franquista”. Goya? Quevedo? Calderón? Sim, todos eles “ferramentas da propaganda franquista”. Há tempos, imbecis em San Sebastián quiseram mudar o nome da bela Praça Cervantes, porque o genial autor do Quixote é “espanholista”. E em Madrid, a extravagante alcaide Manuela Carmena quer mudar a estátua de Cervantes, que é capaz de ser franquista. Pobre Espanha, entregue a tontos.
[Da coluna do CM]
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