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Doris Lessing, 100 anos.

por FJV, em 23.10.19

Nascida há 100 anos – assinalados hoje – Nobel da Literatura em 2007, a vida de Doris Lessing (1919-2013) daria pano para mangas. Nasceu na Pérsia que ainda não era Irão, viveu na Rodésia que ainda não era Zimbabué, mas era um produto tipicamente britânico, daquele que vem nos livros: rebelde, insubmissa, autodidata, militante pacifista, esquerdista que casou com um homem que depois seria embaixador da RDA (e de quem retirou o apelido Lessing), tratou de galinhas, foi agricultora, ama de crianças, professora de primeiras letras – e escreveu O Caderno Dourado (1962), um livro fundamental que ganharia muito em ser lido pelas mulheres de hoje. Tirando os seus livros de “ficção científica”, uma seca monumental, há referências obrigatórias, como A Boa Terrorista (1985), na sombra das suas nostalgias radicais, o perturbador O Quinto Filho (1988) sondando a loucura e os problemas mentais, e o derradeiro A Fenda uma história sobre um mundo apenas de mulheres. Mas eu recordo muito a belíssima epifania de Amor, de Novo (1996), sobre o envelhecimento, a solidão e o fim das coisas.

Da coluna diária do CM.

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