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Na terceira semana de Janeiro de 1832, Charles Darwin (1809-1882) teve uma visão do paraíso por detrás de um cenário de origem vulcânica – chamou-lhe mesmo “um dia glorioso” e referia-se à descoberta de uma bolsa de densa vegetação tropical da ilha de Santiago, em Cabo Verde (é mesmo aí que começa o seu Diário). A passagem na cidade da Praia seria determinante para toda a sua viagem a bordo do Beagle, o navio em que daria a volta ao mundo ao longo de cinco anos, e cujo capitão o contratara como geólogo. Cerca de 20 dias antes, a 27 de dezembro de 1831 (passam hoje 190 anos), a expedição saíra de Plymouth, passara de raspão na Madeira e fora impedida de desembarcar nas Canárias (havia uma epidemia de cólera em Inglaterra). Cabo Verde foi a primeira experiência do cientista, antes de rumar para o Brasil, a Argentina, o Chile, Galápagos, Nova Zelândia, Austrália, etc. – e tomar o caminho de volta. A nossa visão do mundo seria diferente sem Darwin e sem essa viagem iniciada há 190 anos, que lhe proporcionou as bases para a teoria da evolução e para escrever A Origem das Espécies.
Da coluna diária do CM.
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