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Sou o pessimista de serviço – estou aqui para vos dar as boas notícias: chegou a altura de dizer a verdade. De 2008 até hoje encerraram muito mais livrarias do que aquelas que abriram, ou seja, suspeita-se que mais de um quinto fecharam as portas. Ao contrário das medidas “gerais” preconizadas por um grupo de generosos livreiros que recentemente tornou públicas as suas apreensões sobre o tema, eu penso que são necessárias medidas “globais”. Um pacto de regime. Em primeiro lugar, que o Presidente da República e os governantes não continuem, por exemplo, a repetir a lengalenga de que tudo vai bem no mundo do livro; que os partidos sejam chamados à atenção; que as associações do sector olhem mais longe – para o futuro. E não me venham com números sobre o crescente número de leitores (comparativamente, no Eurostat, estamos mal, muito mal). Trata-se de um pacto de regime sobre a leitura. Se, ao contrário de França ou de Inglaterra, as autoridades não estão despertas para o assunto, envolvendo (à cabeça) o Ministério da Educação – daqui a 10 anos estaremos uma desgraça, salvo seja.
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