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Comunidade educativa.

por FJV, em 17.05.19

Anteontem, em Valadares, Gaia, duas familiares (mãe e avó) de uma aluna de sete anos do ensino básico, agrediram uma professora. Professores e funcionários da escola fizeram o que puderam, além de prestar apoio à vítima: um cordão humano de protesto. As agressões a professores têm vindo a multiplicar-se desde que a escola deixou de ser um lugar onde há disciplina,  professores e alunos – e passou a ser a sede de uma coisa estranhíssima chamada “comunidade educativa”, onde entram familiares, encarregados de educação, autarcas e associações cuja existência não se entende. Ao fazerem muitas vezes figuras duvidosas, os professores viram a sua autoridade diminuída; o seu ministério, que não frequenta as escolas há muito, não os protege (pelo contrário, encontra sempre forma de os fragilizar); o governo prepara-se para sacrificar os professores por causa das lutas sindicais, apresentando-os como malandros; e a “comunidade educativa”, à solta, acha que um ralhete ou uma má nota aos seus rebentos merece que se aplique um corretivo nos professores. Isto não é bom – e é uma vergonha. 

Da coluna diária do CM.

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