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Será que a ideia de fazer regressar o latim e o grego é uma batalha perdida? Para os que defendem a ideia da escola como uma extensão da ideologia fabril, sim – será, mesmo, uma ideia estapafúrdia. É, além do mais, o resultado das “políticas educativas” das décadas mais recentes, centradas “naquilo que os alunos querem”. A ideia anunciada pelo ministro da Educação é vaga e devia, sem desculpas nem amenidades, implicar o estudo das culturas clássicas e de rudimentos dessas línguas. História, língua, cultura, cosmogonias – não para que os alunos se transformem em eruditos e tradutores de Horácio ou Tucídides, mas para que pelo menos a escola não perca a memória do nosso mundo nem da herança que o conhecimento humanístico transporta como uma luz de beleza de experiência e de consolação diante do vazio de hoje.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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