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Em 1943, Churchill, De Gaulle e Roosevelt reuniram-se em Casablanca – passam hoje 80 anos exatos. Acordaram numa coisa simples: rendição incondicional da Alemanha. Não haveria negociações com os agressores. Mais: o pós-guerra incluiria “a destruição, nesses países, das filosofias que se baseiam na conquista e na subjugação de outras pessoas.” Uma bela lição para os que defendem a entrega de território ucraniano em troca de paz. Há um pormenor que me comove: Churchill insistiu com Roosevelt para que o acompanhasse a Marraquexe (300 kms, quatro horas de viagem) a fim de verem o pôr do sol nas montanhas do Atlas. Já o vi e é um espetáculo inesquecível. Roosevelt acedeu e ficou mais um dia; depois de partir de regresso à América, Churchill ficou outro dia ainda para pintar um dos seus quadros mais famosos: a mesquita de Kutubiyya (“livreiros”) com a luz das montanhas por detrás – mandou-o a Roosevelt no seu aniversário, a 30 de janeiro. Uma bela história que dava um romance sobre o tempo em que havia gente.
Da coluna diária do CM.
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