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O primeiro filme que vi numa sala de cinema (antes, na minha aldeia, os filmes eram projetados numa parede branca do adro da igreja) foi A Ponte do Rio Kwai, de David Lean, para seguir as façanhas heroicas de William Holden e Alec Guinness. O segundo foi Cantinflas, o Professor, com Mario Moreno. Minto; era com Cantinflas, propriamente dito – recordo que era a história de um professor desastrado e apaixonado, que metia dó ouvir dizer barbaridades de que todos ríamos na plateia. Cantinflas foi sempre assim: desastrado, apaixonado, a dizer coisas que faziam rir; uma personagem única do cinema, vinda do México desses anos 40 e 50, representando aqueles a quem o próprio Cantinflas roubou os tiques: os pobres, os que tinham de enganar a fome e de ludibriar os poderosos, os bem falantes (por isso ele é tão trapalhão, rindo-se deles e obrigando-nos a rir). Ganhou um Globo de Ouro com A Volta ao Mundo em 80 Dias, ao lado de David Niven, a incursão de Mario Moreno (1911-1993) em Hollywood. Passam hoje 110 anos sobre o seu nascimento. Ficam aquele bigode, o riso e o ar trapalhão.
Da coluna diária do CM.
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