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Na semana passada, o Journal of Applied Social Psychology divulgou três estudos sobre as consequências da leitura das histórias de Harry Potter por jovens em idade escolar. Os resultados não são surpreendentes, mas alegraram os “cientistas sociais”: depois de lerem os livros de J.K. Rowling, os adolescentes ficam mais tolerantes em relação a temas como a imigração ou a homossexualidade, por exemplo, e menos disponíveis para o racismo ou a xenofobia. Isto faz-me lembrar que há uns tempos, passeando em Santiago de Compostela com o escritor Carlos Quiroga, descobri uma Biblioteca de Buenas Lecturas (fica perto da Catedral). Nenhum de nós riu da ideia – a de que há leituras “boas” e leituras “más” – que contraria o princípio, muito divulgado hoje, de que não interessa o que se lê. O critério não é moral, evidentemente – avalia-se pelos resultados. As bibliotecas de Hitler e de Mao eram vastíssimas.
[Da coluna do Correio da Manhã]
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