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Benny Goodman.

por FJV, em 30.05.19

Quem não conhece a música de Benny Goodman (1909-1986) não sabe o que perde – mas o seu clarinete ecoa nos meus ouvidos várias vezes, como uma recordação de grandeza, melancolia e suavidade. Filho de um judeu polaco e de uma judia lituana, Benny (Benjamin) teria de ser influenciado pela tradição musical ‘klezmer’ dos bairros de judeus pobres dos seus países ancestrais; mas o que ele desenvolveu (e que tornou possível, depois, a existência de grandes bandas de swing, como a de Glenn Miller ou Tommy Dorsey), foi muito superior ao jazz – como se acreditasse numa dimensão divina da melancolia. É ela que nos permite dançar ou imaginar que dançamos (Nietzsche dizia que só acreditava num Deus que dançasse). As interpretações de ‘Exactly like you’, ‘My melancholy baby’, ‘More than you know’ ou ‘Someday sweetheart’ enchem-me de alegria. Foi ele que formou a primeira grande orquestra com negros e brancos além de trios, quartetos e sextetos notáveis, fazendo do swing uma memória grata e poética. Goodman completaria hoje 110 anos, o que não fica mal a um músico desta categoria.

Da coluna diária do CM.

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