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O Instituto da Aprendizagem britânico (IfA) determinou que palavras como “ambição”, “desafio” ou “liderança” são muito masculinas e que devem ser evitadas em anúncios de emprego, nomeadamente na chamada “indústria digital”, para estes serem mais atrativos para as mulheres (que apenas ocupam 17% dos empregos). Este último princípio parece-me justo, mas tenho dúvidas sobre a linguagem. Segundo o The Daily Telegraph deste sábado, o instituto quer promover uma linguagem neutral – ou mesmo “mais feminina” – do ponto de vista do género. Para isso, banirá palavras como “ativo”, “decisivo”, “líder”, “ambição”, “desafio”, “objetivo”, “competitividade”, “independência”, “confiança” ou “inteletual”, e apostará em “compreensão”, “simpatia”, “honestidade”, “cooperação” e “apoio”. Não sei o que pensam os lexicógrafos portugueses, mas penso há muitas mulheres que, felizmente, se identificam com palavras como “inteletual”, “confiança” ou “independência” , além de “ativa”, “decisiva” ou “desafio”, para já não mencionar a expressão “não nos tratem como palerminhas”. Assim vai o mundo, meninas.
Da coluna diária do CM.
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