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Não conheço o arrazoado (a palavra não é ofensiva) que a Comissão para a Igualdade de Género reuniu para apresentar queixa aos tribunais a propósito de umas declarações risíveis de Pedro Arroja sobre dirigentes do Bloco de Esquerda, a quem designou de esganiçadas (a palavra não é ofensiva) e sobre quem disse que não “queria nenhuma [delas], nem dada”. Discordo de Arroja (acho sexy algumas das dirigentes do Bloco – isto não é ofensivo – e algumas delas têm uma voz melíflua e sensual), mas o que a Comissão da Igualdade de Género (não confundir com um grupo de linguistas que vigia a declinação dos verbos) acaba de fazer é abrir as portas à intolerância e à derrota no tribunal, no que é secundada pelo DIAP, que o ameaça com “uma pena de prisão que vai dos seis meses a cinco anos” por ver nas declarações do comentador indícios de “discriminação sexual”. Que as autoridades criminalizem a palavra “esganiçada” é em si uma ofensa tonta; mas que considere que as deputadas do Bloco foram sexualmente discriminadas, é uma alegria para qualquer humorista, o que já não tem a ver com a má educação de Pedro Arroja ao falar de senhoras.
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