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As leis sobre a violência doméstica.

por FJV, em 07.02.19

A imagem é do psicólogo Filipe Nunes Vicente e, como de costume, é certeira: “A violência não é ‘doméstica’, não é uma prateleira de esfregonas. É sexual, de posse, de reacção à mudança e emancipação delas.” Clamar contra a “violência doméstica” a propósito destes crimes, é meter tudo no mesmo saco para desvalorizar o essencial. Os crimes do Seixal, como os outros recentes, são violência brutal, no limite do humano. Gente que não suporta a rejeição ou a contradição, a perda de poder – e usa a força bruta como um esteróide de ginásio contra a emancipação das mulheres e a sua crescente autonomia e liberdade. É assassínio do fisicamente mais fraco – a que a justiça assiste, sentadinha sobre os códigos, apesar dos avisos da polícia. Leis mais duras? Sim. E que punam os sacanas desde o primeiro abuso. Que os afastem das vítimas, com vigilância apertada. Que penalizem os crimes contra as pessoas (que têm sido desvalorizados). Que os ponham com dono e a grilhetas, aos abusadores de crianças e de mulheres – como exemplo preventivo da luta contra a barbárie e a violência.

Da coluna diária do CM.

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