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Ai, as estrelas.

por FJV, em 16.12.21

Vai uma grande animação com as estrelas Michelin. Por mim, não mudei de opinião sobre a natureza da medalha: ter as estrelas é bom para qualquer cozinheiro (há 26 dignos estabelecimentos portugueses que ostentam uma e 7 com duas), mas, sinceramente, uma parte das casas estreladas é uma grande, enorme e sorumbática chatice. Há dois anos, o chef Henrique Leis decidiu devolver a estrela que manteve durante 20 anos no Algarve; Marco Pierre White, aos 33 anos, devolveu as três estrelas Michelin do seu restaurante londrino – e não acredito, a avaliar pela opinião do excelente Luís M. Jorge, que Eugénie Brazier, que foi a primeira chef a ter três estrelas por duas vezes (antes do mítico Ducasse), aprovasse a ementa atual do seu mítico restaurante lionês. Durante anos instrumento da diplomacia cultural francesa, as distinções Michelin são uma excelente divulgação. Hoje, há mesmo estrelas verdes para a “cozinha sustentável”, um horror da moda, porque toda a boa cozinha é “bio”. Festejem-se as estrelas – mas mostre-se que há um belo caminho de paixão e prazer para lá da sua vigilância.

Da coluna diária do CM.

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