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Apesar dos apelos lancinantes das grandes figuras públicas e pais da pátria, cerca de 70 por cento dos portugueses não foram votar e, dos 30% que lá apareceram, 7% votou em branco ou desenhou bonecos no boletim (ou seja, os três maiores partidos tiveram 10, 7 e 3%, respetivamente). É claro que há quem sugira que a marcação de eleições deve ser decidida em conjunto com o instituto de meteorologia, mas, com sol de praia ou chuva forte, com ou sem futebol (afinal, em dia de bola houve mais eleitores), não há apelo ao voto que resulte se não houver candidatos motivantes ou escolhas que valham a pena, a menos que os eleitores já tenham sido devidamente adormecidos. Há outra via, que é a de obrigar por lei os portugueses a votar – e puni-los se não votarem nos candidatos que lhes apresentem. Não vale a pena fazer ar de tragédia: sobre a Europa – que todos os partidos anseiam amorosamente discutir –, os portugueses não se interessam muito desde que caiam “fundos” (venha a massa!), haja emprego, harmonia e turismo; já sobre os candidatos, a piada está feita e não preciso de explicar mais.
Da coluna diária do CM.
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